segunda-feira, 4 de outubro de 2010

4 de Outubro: Dia do Cão

Pepa tirando uma soneca no seu dia

O cão é um mamífero na ordem Carnivora. Os cães domesticated dos lobos menos de 15.000 anos há de acordo com a notícia de BBC, ou talvez assim que 100.000 anos há baseados no fossil genetic recente e na evidência do DNA. Neste tempo, o cão tornou-se centenas das raças com um grau grande de variação. Por exemplo, as alturas nos withers variam apenas de algumas polegadas (tais como o Chihuahua) a aproximadamente três pés (tais como o Wolfhound Irish), e as cores variam de branco ao preto, com vermelhos, aos cinzas (chamados geralmente azul), e aos marrons que ocorrem em uma variação tremenda dos testes padrões.



Os cães, como seres humanos, são animais altamente sociais e esta similaridade em seu teste padrão behavioral total esclarece seus trainability, playfulness, e abilidade caber em casas humanas e em situações sociais. Esta similaridade ganhou a cães uma posição original no reino de relacionamentos dos interspecies. A lealdade e a devoção que os cães demonstram como parte de seus instintos naturais enquanto os animais do bloco imitam pròxima a idéia humana do amor e do friendship, conduzindo a muitos proprietários do cão ver seus animais de estimação como membros desenvolvidos da família. Inversamente, os cães parecem ver seus companheiros humanos como membros de seu bloco, e fazem a poucos, se algum, a distinções entre seus proprietários e a cães do companheiro. Os cães enchem uma variedade dos papéis na sociedade humana e são treinados frequentemente como cães trabalhando. Para os cães que não têm trabalhos tradicionais, uma escala larga de esportes do cão fornece a oportunidade de exibir suas habilidades naturais. Em muitos países, mais a terra comum e talvez a maioria de papel importante dos cães é como companheiros. Os cães viveram com e trabalharam com os seres humanos em assim muitos papéis que sua lealdade ganhou lhes o mais melhor amigo ao sobriquet do “homem original.” Inversamente, algumas culturas consideram cães ser unclean. Em algumas culturas, determinados tipos de cão podem ser usados como o alimento.


O cão da palavra, no uso comum, consulta ao cão doméstico do animal de estimação, familiaris do lupus de Canis (classificados originalmente como familiaris de Canis por Linnaeus em 1758. Em 1993, os cães foram reclassificados como um subspecies do lobo cinzento, de “lupus Canis,” pela instituição Smithsonian e a sociedade americana de Mammalogists.) a palavra é usada às vezes consultar coletivamente a todo o mamífero que pertence à família Canidae (como “na família do cão”), como lobos, raposas, e chacais. As constelações Canes Venatici, major de Canis e o menor de Canis é nomeado da palavra Latin para o “cão,” para sua semelhança percebida aos cães. Uma designação alternativa foi apresentada também, que fosse nomear os familiaris do lupus F. de Canis do cão ou os familiaris L. de Canis. Esta terminologia foi considerada acurate por geólogos e zooarcheologist por um quando, desde que os cães não seriam os subspieces um do lobo se a designação acima fosse considerada correta, mas os 450 subspieces do lobo. A designação foi apresentada por um grupo dos cientistas no artigo “nomear de animais selvagens e de seu Deriatives doméstico” no jornal da ciência Archeological *31 em 2004.


Cuiosidades:


Sons: Os cães detectam os sons tão baixos como os 16 a 20 hertz de escala de freqüência (comparada a 20 a 70 hertz para seres humanos) e tão altamente quanto 70.000 a 100.000 hertz (comparados a 13.000 a 20.000 hertz para os seres humanos), e além têm um grau de mobilidade da orelha que lhes ajuda localizar ràpidamente a posição exata de um som. Dezoito ou o mais músculos podem inclinar, girar e levantar ou abaixar a orelha de um cão. Adicionalmente, um cão pode identificar a posição de um som muito mais rapidamente do que uma lata do ser humano, as well as ouve sons até quatro vezes a distância que os seres humanos podem a. Aqueles com formas mais naturais da orelha, como aquelas de canids selvagens gostam da raposa, ouvem-se geralmente mais melhor do que aquelas com as orelhas mais flexíveis de muitas espécies domesticated.


Cheiros: Os cães têm quase 220 milhão pilhas cheiro-sensíveis sobre uma área sobre o tamanho de um lenço do bolso (comparado a 5 milhão excessos um a área o tamanho de um selo de porte postal para seres humanos). Algumas raças foram produzidas seletivamente para o excellence em detectar scents, comparado mesmo a seus irmãos canine. Que informação um cão detecta realmente quando scenting não é compreendido perfeitamente; embora uma vez que uma matéria do debate, ele parece agora ser poço - estabelecido que os cães podem distinguir dois tipos diferentes de scents ao arrastar, um ao scent do ar de alguma pessoa ou ao coisa que passassem recentemente perto, assim como um scent à terra que remanescesse detectável por um período muito mais longo. As características e o comportamento destes dois tipos de fuga do scent pareceriam, após algum pensamento, para ser completamente diferentes, o scent do ar que é intermitente mas obscurecido talvez mais menos por scents competindo, visto que o scent à terra seria relativamente permanente com respeito à busca cuidadosa e repetitiva pelo cão, mas pareceria ser contaminado muito mais com outros scents. Em todo o evento, é estabelecido por aqueles que treinam seguir cães que é impossível ensinar ao cão como seguir melhor do que naturalmente; o objeto é referivelmente motivate corretamente o, e ensina-o manter o foco em uma única trilha e ignorar toda a outra que possa de outra maneira parecer de um interesse mais grande a um cão untrained. Uma busca intensive para um scent, por exemplo procurarando um navio pelo contraband, pode realmente muito desgastar-se para um cão, e o cão deve motivated para continuar durante um longo período este trabalho duro do tempo.


Comportamento: Como dito antes, os cães são animais muito sociais, mas este varia em como um cão é tratado por seus proprietários e pelos povos que possa estar ao redor (exemplos: abuso, starvation, etc. físicos) ao operar-se em um bloco, agem completamente em uma maneira interessante.

Origem do cão doméstico: Este mosaic antigo, Roman provável, mostra a um cão grande com uma caça do colar um leão.O systematics Molecular indica que o cão doméstico (familiaris do lupus de Canis) desce de um ou mais população de lobos selvagens (lupus de Canis). Como refletido na nomenclatura, os cães são descidos do lobo e podem assim interbreed com lobos.


O relacionamento entre o ser humano e o canine tem raizes profundas. O remains do lobo foi encontrado na associação com o remains hominid que data de 400.000 anos há. A evidência archaeological e genetic Converging indica um momento do domestication no Paleolithic superior atrasado perto limite Pleistocene/Holocene, entre 17.000 e 14.000 anos há. As morfologias Fossil do osso e a análise genetic de populações atuais e antigas do cão e do lobo não puderam ainda determinar conclusively se todos os cães descem de um único evento do domestication, ou se os cães domesticated independentemente em mais de uma posição. Os cães Domesticated podem interbred com populações locais de lobos selvagens em diversas ocasiões (introgression so-called).


Os fossils os mais adiantados do cão, crania dois de Rússia e um mandible de Germany, data de 13.000 a 17.000 anos há. Seu antepassado provável é o lobo do norte grande de Holarctic, lupus do lupus de Canis. O Remains de cães menores dos depósitos da caverna de Mesolithic (Natufian) em o Oriente Médio, datado a ao redor 12.000 anos há, foi interpretado como descendentes de um lobo Asian de um sudoeste mais claro, árabes do lupus de Canis. A arte da rocha e o remains esqueletal indicam aquela por 14.000 anos há, cães estavam atuais de África norte através de Eurasia a America do Norte. Os enterros do cão no cemetery de Mesolithic de Svaerdborg em Dinamarca sugerem que aquele em cães antigos de Europa era companheiros avaliados.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Bichos também se emocionam

Os animais não são máquinas insensíveis, movidas a estímulos como preconizou o filósofo Descartes. São seres com sentimentos, inteligência, memória, sujeitos a sofrimentos físicos e psíquicos. Assim defende a médica veterinária da Universidade de São Paulo (USP), Irvênia Luiza de Santis Prada, autoridade mundial na comunidade científica na área de Neuroanatomia Animal.



Ela afirma que, desde a década de 60, já está superado o pensamento que limita a capacidade dos bichos. Em recente palestra sobre as emoções dos animais, proferida durante o II Congresso Brasileiro de Bioética e Bem-Estar Animal, ela mostrou que espécies que vivem estressadas, presas ou maltratadas, acabam desenvolvendo males orgânicos. Estes podem se manifestar na pele, ou na forma de diarreias e úlceras, numa espécie de somatização. As chamadas doenças somatizadas não são "privilégio" dos humanos.


Ela contextualiza que a ciência sabe da manifestação da vida. E toda matéria viva é sensível a estímulos do ambiente. Todo ser vivo existe por meio do circuito estímulo-processamento-resposta. No caso dos animais, sejam humanos ou não, o processo prevê dois componentes, um subjetivo e outro objetivo. São as sensações e as emoções, respectivamente. No processamento, há o sentir. Já a resposta fica no âmbito das emoções. É quando o indivíduo, humano ou não, põe para fora o que sentiu a partir do estímulo recebido. Vale lembrar que a palavra emoção deriva do ex (para fora) e do moção (movimento).


"O animal percebe alguns estímulos no ambiente, que entram no seu organismo e vai até o cérebro. Ao processar, tem a sensação. Ao colocar para fora o que está sentindo, expressa a emoção. Por meio de sinais fisiológicos ou do comportamento, demonstra o que está sentindo. Daí compreendermos que a emoção é uma experiência objetiva e sensação, uma experiência subjetiva", explica ela. Isto coloca desafios para as áreas da ciência e todas as atividades humanas que são relacionadas aos animais.


Cérebro trino


Com base nos estudos do pesquisador Mac Lean, a veterinária aponta que se pode identificar a existência do chamado cérebro trino no ser humano, que equivale a três cérebros, cada um correspondente a uma etapa evolutiva diferenciada e fundamental. A mesma estrutura observa-se em alguns mamíferos. Na parte mais profunda, há o Complexo Reptiliano, com funções neurais básicas relativas à reprodução e auto-preservação, regulação cardiovascular e respiratória, comportamento agressivo, demarcação territorial, entre outras. Nos peixes, anfíbios e répteis, é praticamente esse encéfalo o existente.


Na segunda parte do encéfalo, ainda considerando Mac Lean, a pesquisadora aponta o Sistema Límbico, correspondente a estruturas relacionadas à expressão de comportamento acompanhados de emoção. São as emoções primárias básicas, relativas aos comportamentos de auto-preservação e perpetuação da espécie, manifestados por medo, raiva, prazer e outros. Irvênia Prada mostra que o Sistema Límbico circunda o complexo reptiliano e mostra-se bem em todos os animais mamíferos. Por fim, envolvendo as duas primeiras partes, vem o Neocortéx, um complexo de diferentes funções, tornando-se progressivamente mais desenvolvido nos mamíferos mais evoluídos como o ser humano, chipanzés e golfinhos.


No Neocórtex se observam regiões chamadas lobos: fontal, relacionado à deliberação e regulação de ações e comportamentos; pariental, responsável pelo intercâmbio de informações com o restante do corpo; temporal, ligado à noção espacial e algumas funções associativas complexas, como memória; e occipital, relacionado à visão. Segundo Irvênia Prada, a diferença entre os cérebros dos seres humanos e dos demais animais mamíferos dá-se mais em termos de proporção entre as partes. "Em todos os mamíferos, a organização do cérebro é a mesma do ser humano. O cérebro inicial tem uma representação avantajada, o córtex sensório-motor também, mas a área pré-frontal é menos desenvolvida e varia de dimensão nas diversas espécies animais. Nos primatas e golfinhos, ela já se mostra bem desenvolvida".



Ela explica que, na expressão do comportamento, por meio do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), há dois aspectos: a fluência e a disfluência comportamental. Na primeira, os animais exteriorizam atitudes mais harmônicas, como se observa nas atividades de zooterapia com cavalos e cães entre crianças e idosos ou o cão-guia acompanhando cegos. Na disfluência, os bichos expressão profundo mal-estar. Organicamente apresentam respiração acelerada, músculos tensos, pupilas dilatadas, secreções de hormônios do estresse como adrenalina e cortisol, além de picos de pressão arterial. Assim são as cenas de animais brigando ou sendo maltratados em vaquejadas, rodeios ou outras situações comprometedores do seu bem-estar. Na disfluência comportamental, estão em ação estruturas do Sistema Límbico. Já nos momentos de fluência, que requerem atitudes mais elaboradas, até sutis, entra em ação os circuitos do Neocórtex.


Assim como os seres humanos, os bichos também ficam sujeitos a distúrbios mentais que são somatizados no corpo. Ela cita o caso de uma cadela que atuou no Iraque como farejadora de bombas. Após três anos de trabalho, o animal expressou transtornos pós-traumáticos, semelhantes ao verificados nos humanos.


"A visão cartesiana está ultrapassada. Coloca-se um desafio para os cientistas, a sociedade, todo mundo que trabalha com espetáculos para diversão humana, pesquisas em laboratório, das pessoas que trabalham com produtos alimentícios de origem animal. Devemos enxergar o animal como um ser que sofre. Não precisamos perguntar se eles têm cérebro, se têm consciência. Basta perguntar se eles sofrem. Isto já é um forte indício de que o ser humano tem que mudar sua atitude em relação aos animais. Eles sofrem, não só fisicamente, nas lesões orgânicas. Sofrem transtornos mentais também".


Inteligência

"Os animais são seres inteligentes e com sentimentos"

Irvênia Prada

Médica Veterinária
Lobos cerebrais

4 áreas compõem o encéfalo nos mamíferos. São os lobos cerebrais frontal, pariental, occipital e temporal. O encéfalo é formado pelo cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico.

MAIS INFORMAÇÕES

Irvênia Prada nos livros "A Alma dos Animais" e "A Questão Espiritual dos Animais"

irvenia @yahoo.com.br

Fonte: Diário do Nordeste

sábado, 18 de setembro de 2010

Declaração Universal dos Direitos do Animal

A UNESCO aprovou em 1978, em Paris, a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DO ANIMAL, seguindo a mesma trilha filosófica da Declaração Universal dos Direitos do Homem, votada há 30 anos pela ONU. O Dr. Georges Heuse, secretário geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana e cientista ilustre, foi quem propôs esta Declaração (da qual o Brasil é signatário) .
DECLARAÇÃOArt. 1º- Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.Art. 2º- O homem, como a espécie animal, não pode exterminar outros animais ou explorá-los violando este direito; tem obrigação de colocar os seus conhecimentos a serviço dos animais.Art. 3º- 1) Todo animal tem direito a atenção, aos cuidados e a proteção dos homens.2) Se a morte de um animal for necessária, deve ser instantânea, indolor e não geradora de angústia.Art. 4º- 1) Todo animal pertencente a uma espécie selvagem tem direito a viver livre em seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático, e tem direito a reproduzir-se.2) Toda privação de liberdade, mesmo se tiver fins educativos, é contrária a este direito.Art. 5º- 1) Todo animal pertencente a uma espécie ambientada tradicionalmente na vizinhança do homem tem direito a viver e crescer no ritmo e nas condições de vida e liberdade que forem próprias da sua espécie;2) Toda modificação desse ritmo ou dessas condições, que forem impostas pelo homem com fins mercantis, é contrária a este direito.Art. 6º- 1) Todo animal escolhido pelo homem para companheiro tem direito a uma duração de vida correspondente á sua longevidade natural;2) Abandonar um animal é ação cruel e degradante.Art. 7º- Todo animal utilizado em trabalho tem direito à limitação razoável da duração e da intensidade desse trabalho, alimentação reparadora e repouso.Art. 8º- 1) A experimentação animal que envolver sofrimento físico ou psicológico, é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de experimentação médica, científica, comercial ou de qualquer outra modalidade;2) As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.Art. 9º- Se um animal for criado para alimentação, deve ser nutrido, abrigado, transportado e abatido sem que sofra ansiedade ou dor.Art. 10º- 1) Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem;2) As exibições de animais e os espetáculos que os utilizam sãoincompatíveis com a dignidade do animal.Art. 11º- Todo ato que implique a morte desnecessária de um animal constitui biocídio, isto é, crime contra a vida.Art. 12º- 1) Todo ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens, constitui genocídio, isto é, crime contra a espécie;2) A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem aogenocídio.Art. 13º- 1) O animal morto deve ser tratado com respeito;2) As cenas de violência contra os animais devem ser proibidasno cinema e na televisão, salvo se tiverem por finalidade evidenciar as ofensas aos direitos do animal.Art.14º- 1) Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem ter representação em nível governamental;2) Os direitos do animal devem ser defendidos por lei como os direitos humanos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Cachorro não odeia gato e vice-versa.

Na realidade, as duas espécies são predadoras e, naturalmente, não querem outro bicho metido no seu espaço, disputando poder. Além disso, o instinto de caça e a curiosidade do cão despertam quando vê os movimentos do felino. Por isso, o persegue. O bichano, que não é bobo, foge movido pelo instinto de sobrevivência.


Entretanto, esse comportamento não é regra. Os bichos podem viver pacificamente juntos. Mas isso depende bastante da forma como são educados pelos donos. Até mesmo há casos em que a cadela amamenta e protege gatinhos órfãos. O contrário também ocorre.

Os irmãos Rubens Gomes da Silva Júnior, 10 anos, e Izidora dos Santos Silva, 9, de Ribeirão Pires, sabem que a harmonia entre as espécies é possível. Na casa deles, o pitbull Levy e a pastora-alemã Bete convivem sem problema com os gatos Sony e Kelly.
"Os quatro nunca brigaram. O Levy é o mais bonzinho. Parecia o pai de outra gatinha que a gente tinha", conta Rubens. Na residência também existe um casal de canários, que não são incomodados pelos felinos. "Ficaria preocupada se eles não se dessem bem. Precisa ter paz entre os bichos, como também deveria ter entre as pessoas", afirma Izidora.

Os pets de Ligia, 11, e do irmão Lerrandro dos Santos de Souza, 4, de São Bernardo, também são amigos. O cão Pingo só corre atrás do gato Mimi para brincar. Segundo a menina, jamais se machucaram. Às vezes, os bichos até descansam juntinhos. "Mimi é o mais mandão. Entra de intrometido na casa do Pingo e come a comida dele. O cachorro não faz nada", diz Ligia.

As espécies têm personalidades muito diferentes. O cão é companheiro dos humanos desde que foi domesticado, há milhares de anos. Por isso, depende desse contato para sobreviver. Em geral, é brincalhão e bagunceiro. Late e abana o rabo para expressar o que sente.

O gato é mais quieto, solitário e independente. Só faz o que realmente quer, não se preocupa em agradar ninguém. É bastante ágil e nem sempre demonstra os sentimentos. Independentemente das diferenças, os dois podem ser ótimas companhias.

Contato ocorre aos poucos

A chegada de outro pet na casa nem sempre é bem recebida pelo bicho que está há mais tempo. Por isso, a aproximação entre ambos deve ser feita aos poucos e com bastante segurança, principalmente se forem de espécies diferentes. Assim, não corre-se o risco de se machucarem.

No caso do cão e do gato, a dica dos especialistas é oferecer petiscos e brinquedos no momento em que são colocados juntos; dessa forma, associam a presença do outro a coisas boas.

Tanto os cachorros quanto os bichanos têm de aprender a respeitar regras e limites. Não podem achar que são os donos da casa. Esses ensinamentos devem ser passados pelos donos, mas nem sempre é possível. Em alguns casos, é necessário receber ajuda de profissionais para conseguir educá-los.

Cão não come gato

O gato, não é presa natural do cachorro. Os dois são predadores. Assim como eles, outros animais na natureza podem se estranhar por desejarem ser os reis do pedaço. Nas savanas africanas, isso ocorre entre leões e hienas. Na Índia, lobos e tigres também disputam alimento e território.

A cadeia alimentar - na qual vegetais e bichos servem de comida para os outros - é representada por uma pirâmide. Os predadores, como os grandes felinos e o homem, estão no topo dela. Ao lado, estão os seres chamados decompositores, fungos e bactérias que se alimentam e ajudam na decomposição de animais mortos.

Abaixo dessa turma estão os herbívoros (girafa, hipopótamo, vaca, zebra, veado, entre outros) que comem os vegetais. As plantas, por sua vez, formam a base da pirâmide.

A existência das espécies depende do equilíbrio da cadeia alimentar. Se a quantidade dos predadores aumentasse demais, as presas desapareceriam em pouco tempo. Assim, os carnívoros não teriam o que comer e também morreriam.

Sem amigos - Quem se dá mal de verdade é o rato. A chance do roedor se dar bem com o cachorro e o felino praticamente não existe. O motivo? É presa natural do bichano. Além disso, algumas raças de cães foram treinadas no passado para caçá-lo e, assim, não permitir que se transformasse em praga nas fazendas e casas.
Cães e gatos têm de se unir para derrotar mal no cinema

Bichos superinteligentes com equipamentos de última geração se unem para derrotar um inimigo em Como Cães e Gatos - A Vingança de Kitty Galore, que acaba de chegar às telonas. No filme em 3D, a gata Kitty Galore decide bolar um plano infalível contra todos os cachorros, gatos e humanos. Mas tanta maldade tem explicação: a bichana se tornou cruel depois que foi expulsa da casa dos donos. Abandonada, deixou a organização ultrassecreta de gatos espiões para colocar em prática a ideia maligna.

Ao descobrir as primeiras crueldades, os cachorros espiões - treinados para proteger as pessoas - decidem se juntar à turma dos felinos para derrotar Kitty. Para ajudá-los, convidam o atrapalhado cão Shane, responsável por muitas falas engraçadas no longa, que utiliza técnica live action, na qual atores reais atuam com animações feitas pelo computador.

Apesar das diferenças, cachorros e gatos aprendem lição valiosa: não precisam se odiar, o que importa é o respeito que um deve ter pelo outro.Seria bom se todos os homens descobrissem o mesmo.



Fonte: Diário do Grande ABC

Acolher animais com deficiência física é um gesto de generosidade que pode transformar positivamente a vida dos donos

A história dos companheiros de lar Pepe e Puff tinha tudo para acabar sem final feliz. O anjo da guarda dos cachorrinhos, a administradora de empresas Fernanda Martins Luza, 30 anos, não tem dúvida de que agiu certo quando abrigou os amiguinhos, que passaram por poucas e boas antes de serem resgatados da rua. Ambos possuem deficiências sérias. “E, hoje, vivem bem e muito felizes, mais até do que muitos cachorros que conheço”, garante a dona.



Apaixonada por bichos desde a infância, Fernanda resolveu adotar seu primeiro pet especial em 2008, quando soube, por meio da Organização Não Governamental (ONG) Bsb Animal, da história de Pepe. O cãozinho foi encontrado com apenas 30 dias de vida, enrolado em panos, embaixo da roda de um carro. “Ele estava lá para que o carro passasse por cima dele”, acredita. O abandono cruel teria relação com o defeito de nascença do vira-lata, que tem três patas. "Isso não muda nada, ele vive como qualquer outro cachorro e nem nota que é diferente. Corre, pula, brinca", diz a dona.



Comovida com o trabalho da Bsb Animal, Fernanda se juntou ao grupo de voluntários. Como a ONG não tem abrigo próprio, cabe a eles levar os bichos encontrados na rua para casa e providenciar os cuidados até o momento da adoção. Pela casa da administradora já passaram cerca de cem cachorros. Puff, o segundo da lista, a princípio não ficaria, mas a amizade com Pepe convenceu a incoporá-lo à família. O poodle abricó, encontrado em Ceilândia sem pelos e com sarna, tem uma deficiência congênita nas patinhas traseiras que, segundo a dona, não interfere na convivência. "Ele só anda um pouquinho diferente dos demais cães", observa.



Segundo a coordenadora da ONG, Márcia Dias, a maioria dos animais abandonados é vítima de maus-tratos. "Infelizmente é a realidade que vivemos no Distrito Federal", constata. Diferentemente do que muita gente pensa, adotar não é complicado, embora seja um processo criterioso. É só procurar uma ONG que preste esse tipo de serviço e demonstrar, além de interesse, responsabilidade e compromisso com o novo amigo. A experiência pode ser extremamente gratificante, como foi para Fernanda Luza. "A gente aprende a ser mais humano, mais compreensivo, mais gente mesmo", admite.



Fonte: Correio Braziliense

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Como lidar com a morte do seu animal de estimação

Conheça a rotina do primeiro ambulatório de cuidados paliativos para animais domésticos do país. Lá, os donos aprendem como oferecer tranquilidade e conforto para o período final da vida de seus bichos.
Eliseu Barreira Junior (texto) e Fernando Donasci (fotos)
 
EQUIPE MÉDICA


Edlberto Rodrigues, Denise Fantoni, Teresinha Martins e Daniella Godoi nos corredores do Hospital Veterinário da USP

A foto acima mostra uma equipe médica pioneira. Edlberto Rodrigues, Denise Fantoni, Teresinha Martins e Daniella Godoi são veterinários do primeiro ambulatório de cuidados paliativos para animais domésticos do Brasil. Eles amenizam o sofrimento de cães e gatos com doenças sem chance de cura. Mais do que isso: ajudam os donos a oferecer qualidade de vida e conforto para seus bichos de estimação quando mais precisam. Em um dos consultórios do Hospital Veterinário da Universidade de São Paulo (USP), a palavra sacrifício é a última a ser ouvida. Lá, a perspectiva da morte é trabalhada, mas deixada em segundo plano. O importante é oferecer um final de vida com menos sofrimento possível para animais portadores de doenças crônico-degenerativas, como o câncer, e dor extrema. Raríssima em animais, a prática dos cuidados paliativos representa uma mudança na visão da medicina veterinária que costumava determinar a eutanásia como o destino natural de um bicho velho ou doente.

Estima-se que existam 33 milhões de cães e 17 milhões de gatos no Brasil. Em grande parte dos lares do país, o animal é visto como alguém da família. O problema é que a expectativa de vida dos bichos, mesmo sendo maior hoje em dia, é curta em relação ao tempo que o dono viverá. Mais cedo ou mais tarde, ele terá que lidar com a perda do animal querido. Pensando como os médicos veterinários poderiam ajudar nesse momento, a professora Denise Fantoni decidiu acompanhar em 2005 a rotina de pacientes terminais do Hospital das Clínicas de São Paulo. A experiência possibilitou ao grupo de estudos chefiado por ela na USP conhecer os caminhos para a melhoria da qualidade de vida de pacientes com esse perfil. Denise percebeu ali que poderia aplicar o conceito de cuidados paliativos no mundo animal.

No ambulatório do Hospital Veterinário da USP, todos os animais têm algum tipo de doença que os levará à morte. O tratamento realizado no local consiste, basicamente, em um trabalho de medicação e orientação. Os veterinários receitam remédios para que o bicho não sofra com as dores da doença, acompanham a evolução do quadro clínico e ensinam aos proprietários medidas simples para melhorar a rotina dos animais, como fazer a vontade deles sempre que possível. “Em geral, um cachorro deve ser alimentado com ração. Mas nesse momento da vida isso deixa de fazer sentido”, diz Denise Fantoni. “Se ele gosta mais de comer carne ou macarrão, orientamos o dono a dar ao bicho o que ele quer.” Outro tipo de medida ensinada no ambulatório refere-se ao lugar em que o animal passará a maior parte do tempo. “É importante nessa escolha levar em conta o aumento da proximidade do cão com as pessoas da casa”, afirma Teresinha Martins, colaboradora do programa e veterinária. “Não é porque ele está com uma doença que deve ficar no quintal sozinho. Trazê-lo para dentro e dar muito carinho são essenciais.”

A equipe ainda recomenda aos proprietários rigor com o horário das medicações. Caso contrário, as dores – e o sofrimento do bicho – podem piorar. Os pacientes são acompanhados de perto pelos veterinários do ambulatório por meio de consultas semanais, quinzenais ou mensais. Dependendo do caso, eles fornecem seus telefones para que possam ser informados pelos donos sobre a evolução da doença.

A base dos cuidados paliativos no Hospital Veterinário da USP está em um questionário elaborado pela professora Denise e por sua ex-doutoranda, a veterinária Karina Yazbek. Ele é composto por doze perguntas feitas ao proprietário do animal a cada consulta (ver quadro abaixo). As questões avaliam a disposição do bicho para comer, brincar, andar e dormir, entre outros aspectos. O seu resultado pode determinar a alteração ou não do tratamento. “É através das respostas que a equipe avalia se as medicações estão surtindo efeito para conter a dor”, diz Daniella Godoi, veterinária e outra colaboradora da equipe. “Se notarmos que não existe mais qualidade de vida para o bicho, a eutanásia se torna a única alternativa para acabar com o seu sofrimento.”
É quando a morte, até então em segundo plano no ambulatório, adquire forma. Vista por alguns como um fracasso, ela é enxergada pelos veterinários como a chave dos cuidados paliativos: “A morte não é um fracasso para o médico. Fracasso é não tratar o bicho com dignidade e respeito quando ele está à beira da morte. Nosso trabalho não é acrescentar dias de vida ao bicho, mas dar qualidade de vida aos poucos dias que ele tem”, afirma Teresinha.

A consulta de Neguinha


MOMENTO DECISIVO


A veterinária Teresinha Martins conversa com Maria e Tânia Sargiani (com Neguinha no colo) sobre o estado de saúde da cadela. "Sinceridade é essencial na hora da consulta", diz Teresinha
Sexta-feira, 7 de maio. Maria e Tânia Sargiani, mãe e filha, estão apreensivas. Na sala de espera do ambulatório de dor e cuidados paliativos do Hospital Veterinário da USP, elas acariciam a vira-lata Neguinha e aguardam com tristeza o momento da consulta. A cadela está deitada sobre um lençol verde com motivos florais e parece não ter forças para ficar em pé. É a primeira vez que vem ao local.
Maria traz olheiras profundas no rosto. Um sinal de quatro noites mal dormidas. Na segunda-feira (3), a família Sargiani recebera a notícia que trouxe sofrimento para todos. Neguinha, de 10 anos, está com câncer. São três tumores que não podem mais ser extraídos: um no pulmão, um enraizado em um dos ossos da coluna e outro na região dos linfonodos (gânglios do animal onde ficam as células responsáveis pela defesa do organismo) – cerca de 80% dos cachorros tratados no ambulatório têm câncer. Depois de fazer todos os exames na área clínica do Hospital Veterinário, Neguinha foi encaminhada para a equipe de Denise Fantoni.
Maria e Tânia são recebidas por Teresinha Martins. A veterinária pega o prontuário e avalia as anotações feitas pela médica que atendeu a cadela no hospital pela primeira vez. A consulta começa:
– Eu sou a doutora Teresinha. Vocês vieram na segunda-feira ao hospital, certo?
– Isso mesmo. Ficamos desesperadas quando recebemos a notícia do câncer – responde Maria, com lágrimas nos olhos.
– Faz um mês que a Neguinha ficou doente – diz Tânia. Apareceu um carocinho no dorso dela e fomos até uma clínica particular que fica perto de casa. A veterinária disse que era um nervo sebáceo, que não deveríamos ficar preocupadas. Mas em um mês a Neguinha começou a emagrecer muito e o caroço não parou de crescer. Daí, resolvemos trazê-la até a USP e vocês descobriram o câncer. Infelizmente, não adianta mais operá-la.
– Eu acho que o trabalho desse ambulatório vai dar apoio pra gente, mais do que pra ela – afirma Maria acariciando a mascote da família. A Neguinha é como se fosse uma filha pra gente. Esta semana está sendo muito difícil, doutora. Não conseguimos dormir à noite, é preciso colocar máquina de oxigênio a todo instante porque ela fica com falta de ar. A gente não sabe quanto tempo isso vai durar, né? Porque é imprevisto. Está muito difícil mesmo...

– Bem, dona Maria, aqui, não vamos conseguir resolver o problema da Neguinha. Mas tentaremos por meio de medicação, de orientação geral, dar qualidade de vida pra ela. Nosso lema é qualidade de vida. Não sei se por uma semana ou por um mês. O importante é que ela viva bem o tempo que lhe é permitido – diz Teresinha. Não posso adiantar se o câncer evoluirá de uma forma mais rápida ou não, se vocês terão que decidir em algum momento o que vai ser feito, mas digo que precisam ter consciência disso.

– Prefiro nem pensar nessa possibilidade – diz Maria com a voz quase rouca.

 

PACIENTE


Neguinha no momento da consulta. A vira-lata é tratada como um membro da família Sargiani

Teresinha se levanta e começa a examinar Neguinha. Faz com que ela ande pelo consultório e avalia sua mobilidade. Alguns minutos depois, retoma a conversa com as proprietárias.

– Pelo que observei a Neguinha está consciente, lúcida, interagindo com o ambiente e anda com algumas dificuldades. O que devemos fazer agora é diminuir a dor provocada pelo câncer e cuidar dos problemas de coluna que surgiram em decorrência da idade – afirma Teresinha. Mas, em geral, ela está bem.

– É, hoje ela está bem melhor mesmo – diz Tânia.
– E isso é normal. Alguns dias ela estará melhor, outros não estará tão disposta. O que vocês estão dando pra ela comer?

– Ela come tanto ração, quanto comida – responde Maria.

– Então, dona  Maria, a orientação que a senhora ouviu até hoje é que a ração para o animal é a melhor coisa. Mas, neste momento, o ideal é que a Neguinha se alimente. Se ela parar de comer, a situação clínica dela poderá piorar. Por isso, se a Neguinha quiser comer ração, a senhora deve dar. Se ela quiser comer arroz com frango, a senhora também deve dar. Ela gosta de fruta?
– Sim, ela come mexerica. Adora mexerica, laranja...
– Muito bom. Continuem dando essas frutas pra ela. Faz bem para o funcionamento do intestino.

Neste instante, Teresinha pega uma papeleta com uma escala de zero a dez e pergunta para Maria qual número representa a intensidade de dor que Neguinha está sofrendo naquele momento. Maria responde três. O critério, para muitos subjetivo, ajuda a avaliar a percepção do dono em relação à doença do bicho, explica a médica. A cada consulta o procedimento é repetido. “É uma medida necessária para que eu veja se meu trabalho está surtindo efeito”, diz Teresinha. “A partir do que o proprietário observa do comportamento do cão no dia a dia, posso ajustar o tipo de cuidado aplicado.”

Teresinha passa para a etapa final da consulta.

– A minha avaliação é que a cachorrinha de vocês está com um quadro clínico muito bom. Peço que mantenham a mesma medicação receitada pela clínica geral do hospital. Posso adiantar também que a Neguinha ficará um tempo conosco.

– Como assim? – questiona Maria de maneira assustada. Vocês vão interná-la?

– Não, calma, dona Maria! Quero dizer que vocês terão que voltar mais vezes aqui. Vamos marcar novas consultas.

– Ah, sim... Nossa, me deu um aperto no coração agora.

Tânia afirma que a família está bem abalada com a doença de Neguinha:

–Qualquer suspiro que a Neguinha dá pela noite a gente já acorda.

– Mas vocês estão acostumando ela mal – diz Teresinha. É bom dar conforto e atenção nesse momento, mas sem exageros.

– Nosso sofrimento aumentou muito depois da notícia... – afirma Maria.

– Isso não é bom pra vocês. Deixem ela viver a vida dela também. Relaxem! – diz Teresinha.

A consulta chega ao fim. Dentro de uma semana, Neguinha estará de volta para uma nova avaliação. Mais do que oferecer suporte médico, a equipe do ambulatório de dor e cuidados paliativos da USP precisa dar suporte emocional para os proprietários.

O lado dos médicos
 CUIDADO


A veterinária Denise Fantoni com Johnny. O cão tem metástase de um câncer
Na tarde em que Neguinha foi avaliada, o poodle Johnny, de 14 anos, também passou pelo ambulatório da USP. O animal começou a ser tratado ali em abril. No ano passado, um tumor foi identificado no baço do cachorro e extraído posteriormente em uma cirurgia. Mas a doença não desapareceu. E os efeitos da velhice só aumentaram. Johnny tem metástase do câncer na região dos linfonodos e graves problemas na coluna.
Assim como a cadelinha de Maria e Tânia Sargiani, Johnny é considerado um filho por sua proprietária, a psicóloga Denise Leite. Ela conta que decidiu criar o poodle por insistência de sua filha mais nova. Hoje, o cachorro virou parte essencial da família. “Eu trabalho o dia todo, mas sempre que posso dou um jeito de ir para casa e medicá-lo”, diz Denise. “Quando não posso, conto com a ajuda de uma pessoa que trabalha para mim.” Teresinha Martins afirma que Denise é uma proprietária muito dedicada e atenciosa, características fundamentais para o tratamento.

ENVOLVIMENTO


A veterinária Teresinha Martins posa para foto com quadro de cachorros ao fundo. Ela diz que é impossível não se comover com os casos atendidos no ambulatório

Casos como o de Johnny e Neguinha exigem preparo emocional dos veterinários envolvidos com os cuidados paliativos. Desde 2005, cerca de mil animais já foram atendidos no ambulatório. Em média, 400 consultas ocorrem todos os anos. É comum o proprietário demorar a aceitar a perspectiva da morte do seu bicho de estimação. “Atendemos pessoas que só vivenciam a perda quando chegam aqui”, diz Teresinha. “Por isso, precisamos ser um pouco psicólogos.” Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da USP desde 1992, Denise Fantoni afirma que não consegue deixar de se envolver com as histórias e prefere atuar nos bastidores. “Choro mais que o proprietário”, conta. Ela lembra até hoje do caso de um italiano que veio ao consultório com sua cadela, uma labradora. Ela tinha um tumor no baço. Os cuidados paliativos estavam em andamento quando o tumor rompeu. “O proprietário chegou desesperado com a cadela no colo. Ela estava morrendo. Ele me abraçou e disse: ‘E agora, doutora? O que a gente faz? Se fosse a sua cachorra, a senhora sacrificava ou não?’. Depois disso, eu comecei a chorar no ombro dele. Foi algo muito triste”, diz Denise.
O momento da decisão do sacrifício é a etapa final do ciclo de cuidados paliativos. Isso significa que o bicho não está mais respondendo bem ao tratamento e começa a sofrer. “A gente estuda para salvar, não para matar”, diz Edlberto Rodrigues. “Mas eu acredito que a ferramenta da eutanásia quando bem utilizada é fundamental”, afirma Daniella Godoi. Apesar de concordar, Teresinha faz uma ressalva: “A eutanásia não é o nosso foco. Embora ela exista, nosso objetivo é trabalhar o proprietário para que ele dê o melhor tipo de cuidados ao seu animal. Seja por um, seja por vários dias.”

*Após a publicação da reportagem, fomos informados por meio do comentário de Tânia Sargiani (leia abaixo) que a vira-lata Neguinha morreu. Na madrugada de domingo (9) para segunda, o estado de saúde da cadela piorou. Na terça-feira pela manhã, Neguinha foi levada ao Hospital Veterinário da USP e teve que ser sacrificada. “Foi bastante difícil tomar essa decisão”, disse Tânia. “Mas não podíamos ser egoístas e deixar ela sofrer.”
AVALIAÇÃO

O questionário aplicado pelos veterinários do ambulatório de dor e cuidados paliativos da USP. Ele ajuda a melhorar a qualidade de vida dos animais

1. Você acha que a doença atrapalha a vida do seu animal?
2. O seu animal continua fazendo o que gosta (brincar, passear...)?
3. Como está o temperamento do seu animal?
4. O seu animal manteve os hábitos de higiene (lamber-se, por exemplo)?
5. Você acha que o seu animal sente dor?
6. O seu animal tem apetite?
7. O seu animal se cansa facilmente?
8. Como está o sono do seu animal?
9. O seu animal tem vômitos?
10. Como está o intestino do seu animal?
11. O seu animal é capaz de se posicionar sozinho para fazer as necessidades fisiológicas?
12. Quanta atenção o animal está dando para a família?

Fonte: Época

PS: Gente, confesso que chorei algumas vezes lendo tudo isso. Tomara que a Pepa e eu não tenhamos que passar por isso, nem quero pensar....

Patty- Mãe da Pepa


Pepa







quarta-feira, 12 de maio de 2010

Céu dos bichos – A vida espiritual dos animais que amamos

Livro explora a relação de afetividade entre seres humanos e seus bichos de estimação

Quando um animal de estimação morre, seu dono e/ou toda a família sofrem com a perda. Os pais dizem para os filhos que o animal foi para o céu, mas até que ponto as pessoas realmente sabem sobre a espiritualidade dos animais?

A médium e mestra espiritual mundialmente conhecida Sylvia Browne explica melhor essa questão no livro “Céu dos bichos – A vida espiritual dos animais que amamos”, lançado no Brasil pela Ideia e Ação.
Sylvia figura na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times e durante quarenta anos de pesquisas, de histórias verdadeiras coletadas em suas leituras e de sua própria experiência, ela mostra como os animais têm personalidades distintas, particularidades e hábitos que compõem seu espírito e sua alma.
Ela afirma que os animais vão para o céu. “Eles possuem habilidades que nos levarão a histórias impressionantes de laços criados com os seres humanos. Há ainda episódios vivenciados na companhia de animais – tanto neste mundo quanto do outro lado – que comprovam a ligação estreita que temos com nossos bichinhos.” – explica Sylvia.

Sylvia acredita que os animais possuem a capacidade de neutralizar energias negativas sem sequer precisarem absorvê-las, e refere-se a eles como anjos da guarda aqui na Terra. O livro explora, a partir de pesquisas cientificas e relatos pessoais, histórias de amor e lealdade entre os seres humanos e seus animais de estimação.

Sobre a autora


Sylvia Browne é a bem-sucedida autora de 46 livros, 22 dos quais figuraram na lista de Mais Vendidos do jornal The New York Times. Médium de prestígio, Browne auxilia a polícia e o FBI a desvendarem desaparecimentos e outros crimes misteriosos, além de trabalhar paralelamente com consultas mediúnicas para clientes particulares. A autora também fundou uma igreja própria chamada Society of Novus Spiritus, há mais de vinte anos.


No Brasil, encontram-se disponíveis as seguintes obras da autora: A vida do outro lado, A perfeição da alma, A natureza do bem e do mal, As bênçãos do outro lado, Ferramentas para a vida: a jornada da alma, O outro lado da vida: um guia psíquico para o nosso mundo, Sociedades secretas... e como elas afetam nossas vidas hoje, A vida mística de Jesus, Vidas passadas, curas futuras, Fim dos tempos: estudos, previsões e profecias e Viagem mística: como alcançar a elevação espiritual. Para saber mais sobre Sylvia e seu trabalho, acesse: http://www.sylvia.org/ e http://www.spiritnow.com/.
 
Céu dos bichos – A vida espiritual dos animais que amamos. – 208 páginas


Preço – R$ 39,90 (Informações da ascom/Matrix Editora)

terça-feira, 27 de abril de 2010

Passaporte para seu amigão: Cães e gatos terão documento para viajar ao exterior; regras ainda serão definidas

Passaporte para seu amigão: Cães e gatos terão documento para viajar ao exterior; regras ainda serão definidas

Por BRUNA TIUSSU

A poodle Miluxa coleciona mais viagens que anos de vida. Já voou 12 vezes para Portugal - “conhece” Coimbra, Lisboa e Porto - e visitou a Espanha. Em cada entrada ou saída da Europa, o mesmo processo: Maria Inês Vaz, a dona da cadela, precisou apresentar uma pasta de documentos no balcão de check-in, com atestado de saúde do animal assinado por veterinário, certificado sanitário internacional e carteira de vacinação (com antirrábica e as exigidas pelo país de destino). Burocracia que está com os dias contados.



Graças a um decreto publicado pelo governo brasileiro no fim de março, a dupla poderá substituir, na próxima viagem, a papelada por um passaporte internacional feito sob medida para a mascote. O objetivo é tornar mais ágil o embarque de cães e gatos brasileiros nos voos internacionais. O processo para solicitar a caderneta ainda vai ser definido.



O documento reunirá dados do animal, do dono e poderá ser apresentado na ida e na volta. Hoje, o atestado de saúde assinado por um veterinário, obrigatório, tem validade de dez dias. Se passar um período mais longo fora do Brasil, o dono tem de conseguir outro antes de regressar.



O passaporte, opcional, será expedido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O órgão sugere também a implantação de microchips - já obrigatórios para entrar na União Europeia e no Japão - nos bichos que viajam com frequência, como forma de identificação eletrônica. A poodle Miluxa tem o seu. Do tamanho de um grão de arroz, é implantado em menos de 30 segundos. “Vejo como mais uma forma de fiscalização e segurança. Se eu perder a cadela, tenho como provar que ela é minha”, diz Maria Inês.



Cada empresa aérea faz suas normas para o transporte de cães e gatos. Algumas só aceitam levá-los como carga, no compartimento de bagagem. Outras permitem que sigam na cabine com o dono, dependendo de seu peso e tamanho - o limite costuma variar entre 6 e 10 quilos, incluindo a caixa onde o animal será acomodado.



Taxa



Todas as aéreas cobram taxas - o valor fica entre US$ 90 e US$ 180. E limitam o número de animais na cabine por voo: é recomendado fazer reserva com antecedência de 48 horas.



Se o animal for grande, não tem discussão, será despachado. Desde seu primeiro voo internacional, a labrador Maya, companheira de Ligia Rabay, segue como carga. Tinha apenas 6 meses - mas muitos quilos - quando veio da Tailândia para São Paulo. Nesta situação, as regras quase não mudam: o animal deve ser acomodado em uma caixa arejada, forrada, na qual possa ficar em pé e dar um giro de 360 graus.



Ligia diz que a experiência é segura. “Maya chegou bem, foi até tratada pelos funcionários na escala em Amsterdã. Sei disso porque embarcou na caixa forrada com jornal tailandês e chegou ao Brasil com outro, escrito em holandês”, conta.



Vôo proibido para humanos



Em julho do ano passado, cães e gatos ganharam uma aérea exclusiva nos Estados Unidos. A PetAirways voa para nove destinos no país e não aceita humanos. Os animais são transportados em caixas e vistoriados por um tripulante a cada 15 minutos. Donos ansiosos podem monitorar o voo do pet no site petairways.com.

Antirrábica é a principal vacina

A antirrábica é exigida por todas as companhias aéreas (internacionais e nacionais), independentemente do destino do voo. As empresas pedem que a dose tenha sido aplicada desde um mês a um ano antes do embarque. Em viagens ao exterior, o dono do animal deve verificar se o país de destino solicita outras vacinas.



Fonte: Jornal da Tarde